Ontem foi The Mole, hoje Top Chef e amanhã America’s Next Top Model. Não me culpem, é a estiagem.
Mas vamos combinar, não importa a estiagem, tem coisas que, ironicamente, não parecem nada apetitosas.
Tome a série culinária em questão como exemplo. Quinze cozinheiros tem a chance de ganhar uma super cozinha, dinheiro, sei lá mais o que que há de prêmio, tendo que passar por desafios a cada semana.
Até aí tudo bem, temos realitys com aspirantes a estilistas, modelos, cantores, cabeleireiros, tatutadores e por aí vai. Mas o conceito de Top Chef é frustrante por si próprio. Ok, a grande competição é ver os pratos elaboradíssimos que os participantes têm de bolar, mas em algum momento iremos provar algum desses pratos?
Em Project Runway nós veremos a peça final que foi costurada durante o episódio ser exibida lindamente na passarela. Em ANTM, veremos as modelos desfilando e fotografando, e analisaremos quem saiu melhor na foto, no fim do episódio.
Aqui, vemos o prato decorado e apatitoso, mas quem garante que o meu miojo sabor vegetais do campo não está mais suculento do que o prato que os jurados consideraram vencedor?
É a mesma coisa que se surgisse Top fazedor de perfumes. Não há uma interação entre público e obra, consequentemente nos distanciando do que estamos vendo. E esse é o maior tiro no pé do reality show.
Talvez seja para o bem, essa profusão de programas de competição não ia acabar fazendo bem para a minha cabeça. Fall season, vem logo!